Paróquia de Santa Maria de Torres Novas

Description level
Fonds Fonds
Reference code
PT/ADSTR/PRQ/PTNV13
Title type
Controlado
Date range
1802 Date is certain to 1911 Date is certain
Dimension and support
...m.l. (83 liv.); papel
Biography or history
Concelho: Torres Novas

Freguesia/Localidade: Santa Maria/Torres Novas

Orago: Santa Maria

Lugares, quintas, casais e outros topónimos: Torres Novas (R. da Levada [parte], Moinho dos Gafos, R. dos Anjos), Barreira Alva, Casais da Caveira, Casais da Gavata, Casais do Carril, Casal d’Aires, Casal do Pastorilho, Casal do Vale, Casal do Cerejal, Cerrada das Mós, Liteiros, Marruas, Quinta do Barreto, Quinta do Paul, Quinta de Santo António, Quinta do Egipto, Quinta dos Pessoas, Quinta das Ferrarias, Quinta da Queimada, Quinta de Bonflorido, Quinta de Bom Jardim, Quinta de Cima, Vale Carvão (batismos 1828-1857) Avenida, Casal das Chãs, Casal de Santo Antoninho, Casal do Picoto, Casal do Seixo, Casal do Vale, Casal Velho, Cerca de Santo António, Cruz do Negro, Quinta do Peru, Santo António (batismos 1881-1896) Casal da Arroteia, Foros da Barreta, Foros de Bonflorido, Quinta do Mato (AC)



Pertencia à Casa de Aveiro por doação de D. Manuel I, em 27 de maio de 1500, a D. Jorge de Lancastre, filho bastardo de D. João II, duque de Coimbra, mestre de Santiago, progenitor dos duques de Aveiro permanecendo na mesma Casa até 13 de janeiro de 1759, data em que é supliciado o 8.º duque de Aveiro, 8.º conde de Santa Cruz e 5.º marquês de Gouveia, por alegadas implicações no atentado a D. José I a 3 de setembro de 1759, passando para a Coroa.

A igreja estava construída junto ao castelo, dentro dos limites da antiga cerca. Diz-se a segunda mais antiga da antiga vila, fundada antes da conquista aos mouros, segundo o seu prior em 1758. Também nessa data se refere que foi também Santa Maria do Almonda [?] e Santa Maria da Alcáçova ou Alcárcova e ser seu orago Nossa Senhora da Expectação ou do Ó. Sofreu com dois incêndios em contexto de guerra, um por ordem de D. Henrique II de Castela e outro por D. João I de Castela, alguns estragos com o terramoto de 1755 e no séc. XX sofreu bastante com o terramoto de 28 de fevereiro de 1969, acabando por ser demolida entre 1973/75. A partir de então os serviços religiosos passaram a funcionar na igreja de Santiago.

Em meados do séc. XVIII era priorado apresentado pelo Duque de Aveiro, donatário da antiga vila. Tinha anexas as paróquias de Nossa Senhora da Purificação, de Alcorochel, São Simão, de Brogueira, Nossa Senhora do Pranto, de Paço, Nossa Senhora das Neves, de Parceiros de Igreja e a de Nossa Senhora da Graça, de Bugalhos. Tinha nessa altura 6 beneficiados.

Situavam-se nesta antiga freguesia e seus arrabaldes o convento do Espírito Santo, da 1.ª Regra da Ordem de São Francisco, o convento de Santo António, da província de Santa Maria da Arrábida, a ermida de Nossa Senhora da Luz, edificada pelos vizinhos e administrada pelo Morgado do Alvorão, a ermida de Santo André, a ermida de Nossa Senhora, em Barreira Alva, ermida de São Domingos, em Marruas, ermida de Nossa Senhora do Rosário, em Liteiros, ermida da Quinta do Paul, do marquês do Louriçal, ermida de São Caetano, na quinta de Caniços, dos padres da Companhia de Jesus e a ermida de São João, na quinta de Bonflorido.

Em 2001 são referidos como locais de culto a igreja do Imaculado Coração de Maria, no Bonflorido e a Capela de São Domingos, em Marruas e sem celebração habitual a capela de Santo António, pertencente à Santa Casa da Misericórdia, por doação que lhe fez Luís de Atouguia de Sousa Coutinho que adquiriu o convento da mesma invocação em 1837 e a de Santa Quitéria, em Carril. Atualmente a localidade de Liteiros faz parte da freguesia civil de Santa Maria, mas religiosamente está integrada na paróquia de Zibreira.

Pertenceu ao Patriarcado até à criação da Diocese de Santarém, em 16 de julho de 1975, pela Bula "Apostolicae Sedis Consuetudinem", do Papa Paulo VI, diocese sufragânea da de Lisboa. Pertence ao arciprestado de Torres Novas, antiga vigararia.
Custodial history
Em geral, os originais estiveram na posse da igreja paroquial até 1859. O Decreto de 19 de agosto do dito ano ordenou que os livros e documentos de registo paroquial fossem arquivados nas Câmaras Eclesiásticas, ficando os duplicados guardados nas paróquias. O Decreto de 18 de fevereiro de 1911 (DG n.º 41, de 20 de fevereiro de 1911) que instituiu o Registo Civil obrigatório, ordenou que os livros de registo paroquial existentes nas Câmaras Eclesiásticas, bem como os originais e duplicados, conservados pelos párocos, à medida que cessassem funções nas respectivas paróquias, fossem transferidos para as competentes Conservatórias do Registo Civil. Em 1916 (Decreto n.º 2225, de 18 de fevereiro), com o fim de recolher os registos paroquiais, nos termos do Decreto n.º 1630, de 9 de junho de 1915, é criado o Arquivo dos Registos Paroquiais, Registo Civil, anexo ao Arquivo Nacional, que pelo decreto de 18 de maio de 1918, era também arquivo dos distritos de Lisboa e Santarém. Com sede no extinto paço episcopal de São Vicente de Fora é transferido, em 1953, para um rés-do-chão na Rua dos Prazeres, e em 1972 para o Arquivo Nacional da Torre do Tombo, no Palácio de São Bento, onde permaneceu até 1990, data da transferência e inauguração do edifício próprio no Campo Grande. O Arquivo Distrital de Santarém, criado pelo Decreto n.º 46.350, de 22 de maio de 1965, inicia funções em 1974. Permanecem na posse do Arquivo Distrital de Lisboa (Torre do Tombo) grande parte dos registos parquiais até meados do séc. XIX e duplicados de 1860-1910.
Acquisition information
Incorporações de 27 de janeiro de 1981, 28 de junho de 1991, 2 de julho de 1996, 10 de março de 2005 e 14 de março de 2012 provenientes da Conservatória do Registo Civil de Torres Novas.
Scope and content
Concelho de Torres Novas. União das Freguesias de Torres Novas - Santa Maria, Salvador e Santiago .

Documentação constituída por registos de batismos, casamentos e e óbitos.

Originais e duplicados.
Accruals
Incorporações obrigatórias, periódicas. O destino e o prazo foram fixados desde logo pelo Decreto n.º 1640, de 9 de junho de 1915, que determinou que de cinco em cinco anos fossem incorporados nos arquivos [distritais], então subordinados à Inspecção das Bibliotecas, os livros com mais de 100 anos, contados a partir da data do último assento, regra confirmada pelos Códigos de Registo Civil subsequentes.
Arrangement
Organização temática. Ordenação cronológica.
Access restrictions
Documentação sem restrições de acesso em termos legais.
Language of the material
Português
Other finding aid
MARIZ, José, coord. técn. –Inventário colectivo dos registos paroquiais. vol. 1 –Centro e Sul. Lisboa: Secretaria de Estado da Cultura/ Arquivos Nacionais/ Torre do Tombo, 1993; ADSTR -Registos Paroquiais: Inventário e índices, concelho de Torres Novas. Guias de remessa.
Alternative form available
Portugal, Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Paróquia de Santa Maria [Torres Novas], Duplicados de registos de batismos, casamentos e óbitos, 1860-1909; Portugal, Arquivo Distrital de Santarém, Duplicados de registos de casamentos e óbitos, 1911; Portugal, Arquivo Nacional da Torre do Tombo e Portugal, Arquivo Distrital de Santarém, Paróquia de Santa Maria [Torres Novas], microfilmes de registos de batismos, casamentos e óbitos, 1585-1657, 1702-1723, 1743-1828 (SGU 1811-1813) e microfilmes de duplicados de registos de batismos, casamentos e óbitos, 1860-1910 (SGU 1986-1988) existentes no Arquivo Nacional da Torre do Tombo.
Related material
Relação completiva: Portugal, Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Paróquia de Santa Maria [Torres Novas], Registos de batismos, casamentos e óbitos, 1585-1828.

Relação sucessora: Portugal, Conservatória do Registo Civil de Torres Novas, Registo de nascimentos, casamentos, óbitos e outros, 1911-____; Portugal, Arquivo Distrital de Santarém, Conservatória do Registo Civil de Torres Novas, Extratos de registo de nascimentos (1911-1978), casamentos (1911-1958), óbitos (1911-1958), reconhecimentos e legitimações (1911-1958) e transcrições (1933-1958).
Notes
Descrição efetuada por Leonor Lopes com base nas seguintes fontes e bibliografia:

Bibliografia para a história administrativa:

BICHO, Joaquim Rodrigues; FERREIRA, João António da Costa (Pe.) – Diocese de Santarém 25 anos: Memória, vida e projecto. [Santarém]: Diocese de Santarém, 2001; BICHO, Joaquim Rodrigues -Toponímia da cidade de Torres Novas. Torres Novas: Câmara Municipal de Torres Novas, [1999]. ISBN: 972-9151-36-9; COSTA, Américo - Diccionario chorografico de Portugal continental e insular. Porto: Liv. Civilização, 1948, vol. X, p.229; GONÇALVES, Artur – Torres Novas, subsídios para a sua história, Torres Novas: “O Almonda”, 1993; LOPES, João Carlos – Torres Novas e o seu termo no meio do séc. XVIII: As memórias paroquiais. [s.l.]: Âmago da questão, 1998;SILVA, Isabel (coord.) - Dicionário enciclopédico das freguesias. Matosinhos: Minha Terra, 1997, vol. 2; TEIXEIRA, Maria Elvira Marques (Apresentação e notas) – Memórias para a história da vila de Torre Novas [1745-46] por Luís Montês Matoso, presbítero escalabitano. (Col. “Estudos e Documentos”, n.º5). Torres Novas: Município de Torres Novas, 2008; Páginas Brancas: Região Ribatejo e Estremadura 2009/10. Lisboa: Páginas Amarelas, SA, 2009

Fontes para a história administrativa:

Portugal, Arquivo Distrital de Santarém, Registos Paroquiais, Paróquia de Santa Maria [Torres Novas], Registo de batismos, B1 e B7; Portugal, Arquivo Distrital de Santarém - Governo Civil de Santarém - Mappa estatístico, topográfico do distrito administrativo de Santarém contendo a designação das aldeias, casais e povoações -número de fogos – almas – nascimentos – casamentos - óbitos de cada freguesia no anno de 1843, mandado coligir pelo Secretário-Geral dessa época José Lopes da Fonseca e coligido pelo 2º oficial deste Governo Civil, José Carlos Petrone, 1 liv., ms.; Portugal, Arquivo Nacional Torre do Tombo, Memórias Paroquiais, Santa Maria, vol. 37, Mem.77, pp.681 e segts.

Bibliografia para a história custodial:

SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA, ARQUIVOS NACIONAIS/TORRE DO TOMBO -Inventário Colectivo dos Registos Paroquiais: Centro e Sul. Lisboa: SEC; IAN/TT, 1998. vol. 1. ISBN 972-8107-08-0

MONTEIRO, Amadeu Martinho Cardoso de Castro -A génese dos arquivos distritais: o Arquivo Distrital de Castelo Branco e os seus livros paroquiais. In Estudos de Castelo Branco: Revista de Cultura. Castelo Branco: António Salvado. ISSN -0870-6344. Nova Série, nº 6 (Julho de 2007), 2007. p. 143-151
Creation date
09/03/2009 00:00:00
Last modification
08/08/2024 09:49:29